Soletro o que não entendo
Na vaga esperança de enfim saber
Rastreio pensamentos
E caio numa espiral sem fim
Enquanto entardece
Me impaciento com o silêncio inabitual
Com o tempo que de repente me sobra
E não sei como preencher
Tenho corrido muito
Perdido horas em engarrafamentos
E marcado tudo em minha agenda eletrônica
Ultimamente utilizo despertador até para dormir
Não vejo a tarde cair em mim
Não pisco, não suspiro, fecho os olhos
Não questiono toda a vã caminhada
E finjo não ver as asas caídas dos meus desejos.