Escrevo, na quietude da serra,
Lugar onde me apercebo do mundo com mais clareza
Sei da solidão e do silêncio que terei de percorrer
Da viagem difícil e da volta
Sanar esta saudade de mim mesma
E nem sei bem onde me deixei
Escrevo, agora como se nunca o tivesse feito
Tento um diálogo, mas não há mais ninguém
Meus sentimentos estão inabordáveis
Sento-me na fronteira do dia com um rio largo
Há corredeiras em algum lugar de mim