não é mais hora de abrir caixa de mensagens
mas a noite chegou solitária, o sono ainda não
e então remexo meus e-mails
como se dentre eles pudesse haver algo
um chamado, uma palavra mágica, sei lá
o mapa da mina
fico ensimesmando que mina seria
de ouro ou de felicidade ?
de amor ou sucesso ?
por que a vida é assim tão dual ?
como ser só isso ou aquilo ?
me vejo numa encruzilhada
todos os caminhos são caminhos
e me atraem na mesma intensidade
não dá pra sermos múltiplos e simples
ao mesmo tempo ?
receio que não, receio que sim
ou somos básicos demais ou sem fim
retrógrados, devagar quase parando
ou nosso barco virou foguete e sumiu
difícil encontrar pares ímpares
mais difícil ainda apaziguar demônios
Às vezes me canso, me rendo
e pratico ser simples e banal
mas confesso, é muito complicado.
Por que será que me identifico tanto com esse poema?
Todos caminhos são caminhos. E quantos caminhos! E como conseguir escolher o da direita, sem que o da esquerda me persiga em pensamento? Confesso: não sei descomplicar.
Aline,
pensamos demais e, muitas vezes, agimos de menos,
os caminhos estão aí, aonde vão dar ?
só seguindo-os para saber.
Mande um poema pro rapadura
bj vania