jogaria tinta naquele céu de inverno onde as estrelas quase me cegavam de tanto brilho ainda que tudo que eu quisesse fosse deitar-me sob seu manto e dormir
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protegida da vida, das coisas pequenas e das grandes, das possibilidades do amanhã e de tantas incertezas
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se pudesse, como na tela do paint ou do fotoshop, pegaria o pequeno regador e jogaria no manto do céu todas as cores do cardápio
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testaria o céu lilás o rubro o sépia
e pensaria em nós em cada cenário
cada cor um de nossos sets
cada nuance um capítulo diferente de nossa recente estória
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e antes de dormir fecharia a tela sem gravar nenhuma alteração
porque o céu que guardo em mim
e que me protege com seu manto de estrelas
é aquele que sempre me viu por aqui